terça-feira, 6 de setembro de 2011

REMÉDIOS PARA EMAGRECER



Saiba quais são os efeitos colaterais dos remédios para emagrecer e veja se vale a pena usá-los
Perder aqueles quilinhos indesejados é um dos grandes desejos da maioria das mulheres. E o remédio para emagrecer se torna uma tentação para elas. Mas será que vale a pena?
Você realmente precisa?
Noradrenalina, esse é o nome da “mágica”. Um hormônio que age no centro da fome, lá no cérebro, controlando o apetite. E as anfetaminas cuidam dessa tarefa, aumentando a quantidade desse hormônio no seu corpo. Anfepramona, fenproporex e manzidol compõem a família dessa substância química, que ganhou fama por combater a obesidade controlando a gula. O problema é que junto com um apetite magrinho vem uma lista extensa de reações desagradáveis – boca seca, alterações de humor, dor de cabeça, insônia, taquicardia, euforia, falta de ar, hipertensão, irritação, dependência (quanto mais você toma, mais precisa), prisão de ventre, depressão, crises de ansiedade e pânico. Pois é, nada inofensivas, as anfetaminas só deveriam ser indicadas para pacientes com índice de massa corpórea (IMC) maior de 30 ou aqueles com IMC entre 26 e 30 com histórico de colesterol alto, pressão alta ou diabetes.
Será que vale a pena?
Mau hálito, tremedeira, insônia... Você arriscaria passar por tudo isso em troca de um corpo enxuto? Se esses argumentos não convencem, anote aí mais um: ao parar de ingerir as pílulas, grande parte das garotas que escolheram o caminho dos remédios recuperou os quilos perdidos. E não é só isso, o ponteiro da balança subiu mais do que antes.
Confiar a sua transformação a um medicamento quase sempre acaba em frustração. Quem recorre aos remédios sem mudar seu estilo de vida, ou seja, adotar uma alimentação equilibrada e dar um basta no sedentarismo, fica à mercê do efeito sanfona, pior, do efeito espiral, já que o ganho de peso é ainda maior. Quando você suspende a droga, o apetite aumenta. Sem falar que o emagrece e engorda não rende apenas estrias e flacidez na pele, mas pode provocar também problemas para o seu coração. “As grandes oscilações no peso são mais nocivas à saúde do que um pequeno excesso de gordura”, avisa Alfredo Halpern, do Ambulatório da Síndrome Metabólica e Diabetes do Hospital da Clínicas de São Paulo.


Sejamos francas: colocar todas as suas esperanças de conquistar um contorno mais enxuto nessas pílulas é plantar seu próprio desapontamento. A magia pode durar pouco. E, normalmente, quem opta por esse caminho sai enfraquecida, com a autoestima abalada para encarar mais uma vez o difícil processo de emagrecimento (isso ninguém quer, ninguém merece!). E aposto que estas três atitudes – acreditar em você mesma, comer direito e malhar – continuam sendo a melhor saída para o seu visual e para a sua saúde.